A importância da intervenção precoce em crianças com transtorno do espectro autista (TEA)

Junto com o diagnóstico, sempre vem a preocupação dos pais: qual a idade certa para começar as intervenções? 

É comum achar que a criança ainda é muito nova e que é possível esperar mais um pouco para fazer as avaliações e começar as terapias. Mas, quanto mais nova é a criança, maiores são os ganhos terapêuticos em termos de aprendizagem e manutenção de habilidades básicas. 

Por isso, a resposta para essa dúvida é iniciar intervenção o mais cedo possível, de preferência, assim que forem percebidos os atrasos de desenvolvimento.

A intervenção precoce como pilar para o desenvolvimento de crianças com TEA

Atualmente existe um consenso entre clínicos e pesquisadores indicando que quanto mais cedo a intervenção junto a criança, mas recupera-se atrasos no desenvolvimento. Ou seja, quanto mais precocemente uma criança é estimulada, melhores são os resultados a longo prazo.

Isso porque, quanto mais nova é a criança, maior a neuroplasticidade, ou seja, mais conexões podem ser moldadas no cérebro dela para aprender coisas novas com mais rapidez e facilidade. 

Assim sendo, quanto mais rápidos os traços de TEA forem identificados, mais rapidamente será iniciada a intervenção e mais efetivos serão os ganhos no desenvolvimento global.

Janelas de oportunidades

O período do zero aos seis anos de idade (primeira infância) é considerado crítico para a estimulação de habilidades na criança. A janela até os três anos (primeiríssima infância) é considerada um período em que a criança aprende com mais facilidade.

Por isso, é preciso ficar atento se o período de cada etapa do desenvolvimento motor, linguagem e social, estão sendo alcançados dentro do padrão do esperado, de acordo com escalas de desenvolvimento infantil validadas internacionalmente e nacionalmente. 

Existe uma idade mínima e máxima considerada adequada para iniciar as primeiras palavras e as primeiras intenções de comunicação. Caso a criança não emita as palavras dentro desse prazo esperado, poderá considerar um atraso, sendo importante a busca pela investigação e possível intervenção. 

Por meio da intervenção precoce, profissionais especializados nas áreas de Psicologia, Fonoaudiologia, Terapeuta Ocupacional e Educação podem estimular a criança, trabalhando habilidades ainda não adquiridas para evitar que esse atraso se transforme em dificuldades no futuro, tais como:

  • Dificuldade de contato visual
  • Habilidades de imitação
  • Seguimento de instruções 
  • Fazer pedidos de forma funcional
  • Nomear pessoas e objetos, entre outras

É importante se atentar para o fato de que a intervenção precoce contribui para aproveitar o momento que a criança aprende com mais facilidade, por isso ela é indicada, todavia, não significa dizer que em outros momentos não exista a possibilidade de aprendizagem. 

Outro ponto importante de destacar é que o resultado ideal é diferente para cada criança, mas o objetivo é sempre o mesmo: aumentar a capacidade da criança em adquirir maior independência.


Terapia ABA

Uma das principais intervenções atuais são baseadas na ciência Análise do Comportamento Aplicada, conhecida pela sigla ABA (do inglês Applied Behavior Analysis). 

Com base em evidência científica, a Terapia ABA utiliza os princípios do comportamento para ampliar repertórios sociais de forma individualizada e tem como objetivo fortalecer habilidades de vida independente e comportamentos socialmente funcionais.

O Transtorno do Espectro Autista é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta uma parte significativa da população, apresentando uma grande complexidade e multiplicidade de variações. Compreender quais são as características pode auxiliar no processo de identificação e diagnóstico o mais cedo possível. 

Leia também: Autismo: o que é, causas, níveis e características 

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